Há 20 anos: A saga Senna-Prost começa

Alain Prost, McLaren MP4/4 Tudo parecia preparado na McLaren para uma excitante temporada da Fórmula 1 de 1988. Com Alain Prost e o recém-chegado Ayrton Senna a bordo, Ron Dennis tinha o par de pilotos mais forte em seus dois carros. E para a rodada de abertura no Rio de Janeiro as expectativas dos fãs brasileiros eram muito óbvias: ver seu piloto vencer.


Os dois carros da McLaren-Honda eram dominantes na pista do treino livre, com Prost a frente apenas por uma pequena margem. Na primeira sessão classificatória Senna foi o mais rápido e Prost apenas o 4º. A classificação final no sábado viu Senna confirmando sua pole, Prost ainda lutando um pouco e caindo para o 3º lugar atrás do Williams-Judd V8 de Nigel Mansell. O Britânico impressionou por ser o único piloto a colocar um carro de motor aspirado de forma normal nas três primeiras filas.

Ayrton Senna & Alain Prost, 1988

Ayrton Senna aguardava ansiosamente para liderar sua corrida local de bandeira a bandeira, mas em sua estréia pela McLaren-Honda deu tudo errado começando pelo alinhamento no grid depois da volta de apresentação. Uma vez selecionada a primeira marcha, uma faísca surgiu e o pole-position estava acenando agitadamente para o diretor de prova, avisando-o de um problema. Como Ivan Capelli também tinha problemas mais atrás no grid a largada foi abortada. Já que o reparo da faísca da marcha seria impossível de ser feita em um curto período de tempo, Senna correu para o carro reserva e se posicionou na saída do pit lane.

Ayrton Senna, 1988 Brazilian GP

A largada foi suave com Prost passando Mansell na liderança. Senna, começando dos pits, correu todo o percurso e na volta 14 já tinha ultrapassado o 5º colocado Michele Alboreto. Outras três voltas e o brasileiro já ultrapassava Thierry Boutsen pela 4ª posição. O próximo de sua lista era o arqui-rival Nelson Piquet, seu sucessor na Equipe Lotus que não era capaz de resistir, apesar de estar usando o mesmo motor turbo V6 Honda 1.5.

senna-piquet-rio-1988.jpg

Após os pit stops a ordem na frente estava definida, Senna era o 6º no momento e pouco sabia o brasileiro, que Ron Dennis estava fazendo o seu melhor para persuadir os comissários a não desqualificarem seu piloto por ter mudado para o carro reserva depois de terminada a volta de apresentação. Finalmente, bem durante a corrida, Senna recebeu uma bandeira preta. Enquanto Prost cruzava para sua primeira vitória sobre seu novo companheiro de equipe. Atrás do francês, Gerhard Berger recebeu a bandeirada, o único capaz de seguir o ritmo de Prost. Piquet terminou bem atrás em 3º e Derek Warwick, em seu 100º GP, perdeu um pódio por menos de cinco segundos.

GP do Brasil de Fórmula 1 de 1988, Jacarepeguá – Rio de Janeiro

Pole-Position: Ayrton Senna, McLaren MP4/4-Honda, 1m 28.096s, média de 205.589 km/h.

Resultado da corrida: Vencedor – Alain Prost, McLaren MP4/4-Honda, 60 voltas x 5,031 km (3.126 milhas) = 301.860 km (187.607 milhas) total da distância de prova em 1h36m06.857s.

2) Gerhard Berger, Ferrari F187/88C + 9.873s
3) Nelson Piquet, Lotus 100T + 1m08.581s
4) Derek Warwick, Arrows A10B + 1m13.348s
5) Michele Alboreto, Ferrari F187/88C + 1m14.556s
6) Satoru Nakajima, Lotus 100T + 1 lap

Melhor volta: Gerhard Berger, Ferrari F187/88C, 1m 32.943s na volta 45 = 194.825 km/h (121.085 mph) de média.

Marcos entre os pilotos:

– 100º GP de Derek Warwick na F1;
– 75º GP de Thierry Boutsen na F1;
– GP de estréia de Julian Bailey, Mauricio Gugelmin, Oscar Larrauri, Luis Perez-Sala e Bernd Schneider,

Marcos entre os construtores e fornecedores:

– Construtores/ Equipes de corridas de F1: Dallara, EuroBrun, Judd, Osella e Rial.

5 Gedanken zu “Há 20 anos: A saga Senna-Prost começa

  1. Passagens como essa, que me dão prazer de ler um bom texto…

    Parabéns Mário, o blog continua sensacional.

    Grande Abraço!

  2. Marlon: „levarei o seu conselho em consideração, OK?“ Esta foi a minha resposta.

    Isto é um blog, não é um fórum.

    Se não tenho tempo para traduções. Imagina se tenho tempo para encher linguiça sobre algo que é TOTALMENTE irrelevante aos assuntos deste blog!!!

    ESTA questão se encerra aqui. Está bem vindo a se posicionar enquanto aos devidos posts, OK?

    Um abraço

    Mario

  3. Realmente é prazeroso acho que além do impacto de Senna e Prost na mesma equipe tem também o do desenho carro.

    Na foto em que aparecem o McLaren do lado da Lotus amarela é possível perceber que a Mc é „bem mais“ baixa (e excitante) que a Lotus…

    Os ombros do Senna sobressaem do cockpit. Hoje isso é quase chocante em termos de segurança.

    Me parece que esse é o melhor e mais bonito carro que Murray projetou. Seria o „Mclaren Míssil“ descendente direto daquela „Brabham Míssil“ ultra baixa do Gordon.

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